No NASCENTES, acreditamos que a arte tem o poder de nos fazer refletir sobre a nossa condição humana, de nos conectar emocionalmente uns com os outros e de nos lembrar da nossa humanidade comum, independentemente das fronteiras geográficas ou culturais.

Tendo como ponto de partida a ideia de que a integração e desenvolvimento social têm, na sua base, um trabalho de encontro com as pessoas, os lugares e os hábitos, o Nascentes desenha uma programação de raiz, com o apoio e intervenção directa da comunidade local, que relaciona artistas e espaços, natureza e criação, rasgo e tradição. 

Assumindo como elo comum as múltiplas possibilidades abertas pela riqueza natural e humana da aldeia das Fontes, desenvolvemos um conjunto de iniciativas culturais e propostas de encontro que pretendem servir de espaço para novas formas de olharmos o território e de, em conjunto, imaginarmos os caminhos que podemos criar. Promove-se uma reflexão sobre a natureza nas suas diversas formas, que questiona o modo como nos relacionamos com o outro, a arte e a cultura, a paisagem e, também, como nos transformamos através dessas relações.

A globalização é um fenómeno que tem vindo a moldar profundamente a nossa sociedade, influenciando diversos aspectos das nossas vidas, incluindo as programações artísticas, da qual a programação do NASCENTES é reflexo também dessa mudança. A globalização permite uma maior partilha e intercâmbio de ideias e culturas, enriquecendo assim o programa artístico com uma variedade de influências e perspectivas. Artistas de diferentes origens têm a oportunidade de colaborar e expor o seu trabalho no contexto do Nascentes, criando uma verdadeira tapeçaria multicultural fomentando um ambiente de partilha e enriquecimento mútuo.

Celebramos NASCENTES, e deixamo-nos levar pela corrente de uma escuta atenta ao outro, onde refletimos sobre temas como a vulnerabilidade, a empatia e a resiliência, conectando-nos numa experiência comum de humanidade.

Num mundo cada vez mais interligado, a celebração da fragilidade humana emerge como uma força poderosa que faz parte do programa artístico e social do NASCENTES. Celebrar a fragilidade do ser humano não só nos aproxima uns dos outros, como também nos lembra da nossa capacidade de superação e transformação.

Mesmo num mundo cada vez mais globalizado (apesar de continuar muitas vezes de costas voltadas), é importante valorizar e celebrar a diversidade e a individualidade, tanto na arte como na vida, e à medida que navegamos pelos desafios e oportunidades trazidos pela globalização, a arte continua a desempenhar um papel crucial na nossa compreensão do mundo e na nossa conexão uns com os outros. Através da arte, reconhecemos a nossa própria vulnerabilidade e fortalecemos os laços que nos unem como seres humanos numa comunidade global.

Concertos, residências de criação, espaços dedicados ao público infanto-juvenil, convívios e jantares são alguns dos instrumentos chave para um evento que celebra o lugar de comunidade da aldeia das Fontes.

Pensar o mundo, o tempo, o espaço, os lugares, as comunidades e valorizar a diversidade cultural e paisagística.