Concerto Para Olhos Vendados
01 JULHO
Que importância tem o som no nosso dia-a-dia? Continua a ser, como preconizado por Murray Schafer nos idos de 1970 do século passado, o mais negligenciado elemento da nossa paisagem? Não será o som também caracterizador da identidade das nossas aldeias, vilas e cidades? Qual será, por exemplo, o som produzido por formigas em contacto com um microfone? E o dos veados na sua brama sazonal? E o dos moinhos e rodas de água, misturado com as histórias de vida de pastores e agricultores de mãos calejadas pelo tempo?
É na tentativa de resposta a estas questões que surge o conceito Concerto Para Olhos Vendados de Luís Antero, partindo da premissa de que muitas vezes paramos para ver, mas raramente o fazemos para ouvir.
O público é convidado a vendar os olhos, deixando que outros sentidos se despertem.